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Topic-iconAFORISMOS PARA A SABEDORIA DE VIDA

6 anos 9 meses atrás#70por bruno

Arthur Schopenhauer é um dos mais importantes nomes da filosofia alemã, junto com Kant, Hegel, Nistzseche e outros. Foi considerado bastante realista no sentido popular do termo. A dor e o tédio eram, para ele, os dois polos que oscilavam do nascimento até a morte.

Seu livro apresenta vasta dissertação sobre pontos que ele julgou relevantes no sentido de que a vida deve ser vivida de maneira que possa proporcionar um aproveitamento mais feliz.

Na introdução, ele destaca a “endemonologia” por ensinar como ter uma existência feliz.

Endemonologia provém do endomonismo, que é uma doutrina que admite ser a felicidade, individual ou coletiva, o fundamento da conduta humana moral.

Arthur Schopenhauer nasceu em Gedansk, antiga Prússia, atual Polônia, em 1788 e faleceu em 1860 (72 anos).

Após a morte do pai, começou a estudar medicina e ciências na universidade de Göttingen e depois filosofia. Em 1811 mudou-se para Berlim, a fim de escrever sua tese de doutorado. Tornou-se conhecido com a publicação de Paserga e paralionema, que reúne diálogos, ensaios e máximas.

2. Divisão Fundamental

Segundo Aristóteles, os bens da vida humana se apresentam em três classes: os que vêm de fora; os da alma e os do corpo.

Apresentam-se em três classes distintas: 1) o que um homem é: sua personalidade, saúde, força, beleza, temperamento, caráter, inteligência, educação; 2) o que um homem tem: propriedade e posses em todos os sentidos; 3) o que um homem representa: respeito, honra, posição, glória.

Nos primeiros capítulos, ele elenca diferenças fundamentais resgatadas de Aristóteles na divisão do ser humano entre “o que ele é”, “o que ele tem” e “o que ele representa para os outros”.

Ele faz um comparação bastante interessante sobre a honra e a glória. Depois, aponta alguns pontos que ele chama de “máximas”, fazendo um paralelo entre os diferentes estágios da vida.

Para ilustrar seu raciocínio, ele se vale de Aristóteles, Sêneca, Shakespeare, Voltaire, Goethe e outros filósofos.

O ponto central do livro, fundamentado em Aristóteles, apresenta a felicidade como a “ausência de dor” ou o não sofrimento, ressaltando o princípio da prudência. E considera a vida como alternância de dor e tédio.

Para Schopenhauer, a vida existe não para ser gozada, mas para ser vencida e superada.

Ele fala sobre a força vital, que, até certa altura da vida, parece ser inesgotável. Porém, dos 40 a 50 anos, esta força pode ser bem trabalhada se for usado o óleo adequado.

Ele segue dois caminhos: comparando o azeite de dois candieiros. O 1° queima por uns tempos, porque o pavio é fino. O outro, porque tem o pavio grosso, tem mais óleo. O pavio é nosso corpo. A força vital, o óleo, pode ser trabalhado, pode ser desenvolvido. E, assim, a força vital, segundo ele, é capaz de gerar força extra para outras atividades do dia a dia.

Esse óleo, sua força vital, no caso do homem, é a performance sexual. Ela é uma de suas principais forças para o homem obter sucesso, prosperidade e, principalmente, saúde.

No século XX, Freud trabalhou com o impulso sexual, tendo-o como o núcleo, o mote da vida.
Segundo Schopenhauer, jamais a energia sexual deveria ser desperdiçada de forma vulgar.

No capítulo V, o autor prescreve alguns conselhos e máximas por ele classificadas em gerais, referentes à conduta para conosco, para com os outros e frente ao mundo e do destino.

Em gerais, ele trata da dor, do prazer, da felicidade, projetos de vida, da existência terrena etc.

Sobre nossa conduta para conosco mesmo, o autor tece comentários sobre a felicidade, desgraça, prudência, sensatez, sociabilidade, inveja, posição social, dinheiro, talento, projeto de vida, saúde , conduta social , cuidados com nosso corpo etc.

Em relação a nossa conduta para com os outros, ele fala sobre a individualidade, conduta, respeito, associação, vida em comunidade, participação, amor, normas sociais, cortesia, confiança, prudência etc.

Finalmente, no capítulo VI, o autor traça comentários sobre as diferentes épocas de vida, concluindo que “em todo o curso de nossa vida, não possuímos senão o presente e nada mais. A única diferença é, em primeiro lugar, que no começo vemos adiante de nós um grande futuro e, ao fim, um grande passado”. E, em segundo lugar, nosso temperamento, não nosso caráter, sofre uma série de modificações ao longo de nossa existência terrena.

Em 28.06.2017

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